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04.12

14h às 17h

Gambiarras como potências inventivas

(Iara Souza)

Pensar a Gambiarra como estética e assim, refletir sobre os modos de fazer e produzir para a cena. Partindo do ponto de vista de que os procedimentos na produção de uma gambiarra não se limitam a cumprir ou executar, mas dialogar, não apenas com as coisas, mas também através das escolhas feitas dentro  da precariedade e das possibilidades que se abrem a partir do repertório e da vida do criador.
Quando apontamos isso é para propor uma forma de incentivar um pensamento criativo aberto. Que exercita e se move pela experimentação e o improviso. Sem deixar de lado a experiência de cada criador que é convidado a colocar sempre alguma coisa de si na gambiarra. Nos procedimentos da gambiarra, o caminho é prático e retrospectivo: é preciso recorrer a um conjunto já constituído, uma coleção formada por ferramentas e materiais; tomar ou reexaminar o seu inventário; envolver-se em uma espécie de diálogo com os índices antes de escolher, entre eles, a possível resposta que o conjunto pode dar ao seu problema.
Aquele que produz a gambiarra interroga todos os objetos heterogêneos que constituem o seu tesouro, e deve perguntar o que cada um poderia significar, contribuir para o reconhecimento de um conjunto a ser realizado pela experimentação e pelo improviso. No embate da mão com a matéria abrimos mundos imprevistos e ao mesmo tempo vamos consertando o mundo e o reinventando.

Atividade somente para inscritos - 40 vagas disponíveis para inscrição na Área Profissional

Iara Souza

É Professora da escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, cargo professor de Ensino Básico Técnico e Tecnológico. Professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em Artes da UFPA. Doutora em Estudos Culturais pelas Universidades de Aveiro/Minho em Portugal. Mestra em Artes pelo Instituto de Ciências das Artes/UFPA. Especialista em Iluminação e designer de interiores pela faculdade Castelo Branco/RJ. Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (1997). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Iluminação, mas também em direção, cenografia. É coordenadora do Projeto de Pesquisa Tatear Mundos Imprevistos (2018), que pretende uma reflexão sobre a seguinte questão Como podemos desenvolver potências de encontro entre corpos de natureza diferente? Uma das saídas desejadas é experimentar a relação do corpo com as coisas do mundo, no tato. Fazem parte deste projeto de pesquisa os procedimentos da Gambiarra. Ainda dentro deste projeto de pesquisa desenvolve o projeto de extensão Laboratório Haptico empreende uma construção cênica inclusiva, que busca aproximar o teatro da realidade sensorial de pessoas cegas

 

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Iara Souza

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