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02.12

21h

Hoje não saio daqui

“Hoje não saio daqui”, uma criação da premiada Cia Marginal e de Jô Bilac, é o novo livro da Coleção Dramaturgia!

Construída e encenada ao ar livre no Parque Ecológico da Maré, a peça aborda histórias da chegada e das práticas de resistência de imigrantes africanos no país. Uma obra que reflete sobre o pertencimento e possibilidades de potências afetivas e políticas que nascem do convívio com a diferença.  

Para o lançamento do livro convidamos os atores angolanos Maria Tussevo, Ruth Mariana e Nizaj, que fizeram parte da co-criação do texto e o dramaturgo Jô Bilac. A mediação é de Rodrigo Maré, músico, ator e arte educador.

“A potência de cada peça da Cia Marginal é forjada no seu comprometimento com os debates políticos. O grupo nos convoca para a luta pela vida, contra as desigualdades sociais, para que a humanidade não se desumanize.”
Renata Souza, deputada estadual, na apresentação do livro.

Hoje não saio daqui

Em “Hoje não saio daqui”, a vida de um grupo de brasileiros e angolanos, que moram no maior bairro popular do Rio de Janeiro, a Maré, é narrada em episódios, numa celebração de música e dança. O espetáculo construído e encenado ao ar livre no Parque Ecológico da Maré é uma criação coletiva da Cia Marginal com Jô Bilac, e tem a dramaturgia centrada em questões como o apagamento da memória de pessoas negras, a homofobia, a violência patriarcal, o racismo e ao mesmo tempo as múltiplas possibilidades de resistência afetiva e política que nascem do convívio com a diferença.

“Aqui, tudo era só mato. Não tinha luz, não tinha gente. Eu gosto daqui… Porque aqui eu tenho sorte. Tantas foram as tentativas de me tirar, remover, matar. Mas nem adianta insistir, me invadir, iludir, porque hoje, HOJE NÃO SAIO DAQUI!”

Sobre Cia Marginal A Cia Marginal desenvolve um trabalho contínuo de pesquisa e prática teatral desde 2005. Sediada na Maré, é hoje referência na cena contemporânea do Rio de Janeiro, com cinco espetáculos no repertório: Qual é a nossa cara? (2007), Ô, Lili (2011), In_Trânsito (2013), Eles não usam tênis naique (2015) e Hoje não saio daqui (2019). Criados a partir de experiências em contextos específicos (favelas, presídios, estações de trens), os espetáculos da companhia problematizam as relações entre centro e margem, desconstruindo narrativas hegemônicas com a inscrição de vozes e corpos periféricos em cena. Eles não usam tênis naique, indicado ao Prêmio Questão de Crítica 2015 nas categorias Elenco e Direção, circulou por mais de 40 cidades em 15 estados brasileiros, além de ter sido apresentado em teatros de Portugal. Em 2014, a Cia Marginal recebeu na Câmara Municipal do Rio uma Moção de Louvor por “representar o engajamento do teatro nos dias atuais” e, em 2019, foi homenageada na ALERJ com o Prêmio Carolina Maria de Jesus de Direitos Humanos.

Jô Bilac

Jô Bilac nasceu em 1985 no Rio de Janeiro. Em 2006, formou-se pela Escola de Teatro Martins Pena. É autor premiado de várias peças e um dos criadores da série Segunda chamada (prêmio APCA de melhor série 2019), adaptação de sua peça Conselho de classe, publicada pela Editora Cobogó, para a TV. É autor das peças Infância, tiros e plumas, Os mamutes e Insetos, as duas últimas premiadas no Cesgranrio, Festival Internacional de Teatro, Shell, APTR e Aplauso Brasil 2019, todas publicadas na Coleção Dramaturgia da Cobogó. Além dessas, escreveu Savana glacial (Prêmio Shell), Fluxorama (indicada ao APCA), Beije minha lápide (indicada aos prêmios Shell, APTR e Cesgranrio), Pi – Panorâmica insana (Prêmio APCA) e Vênus Flytrap (Prêmio Performing Arts London), todas encenadas em cidades brasileiras e do exterior, como Bogotá, Londres, Nova York, Paris, Bolonha, Lisboa e Estocolmo. Seus textos foram publicados em diversos países da Europa, e América Latina. A peça Fluxorama foi editada pela Yale University, nos Estados Unidos. Bilac foi também curador de teatros no Rio de Janeiro, e atualmente é integrante da Cia Teatro Independente.erença do jornal O Globo como personalidade do teatro em 2011 e 2013.

Ruth Mariana

Ruth Mariana é atriz, nasceu em Angola e cresceu no Congo. Participou do espetáculo “KONDIMA” da companhia Troupp Pas D’argant. Participa das bandas Amour do Cristo é maior, Bomoko e Terremoto Clandestino. Integrou o elenco de apoio da novela da Globo “Órfãs da Terra”. É mãe de 3 lindos meninos. É por eles que eu luto!

Maria Tussevo

Maria Tussevo é estudante de Gestão de Recursos Humanos Africana-Angolana. Empreendedora, Atriz e Dançarina desde os 8 anos de idade. Atuou em vários palcos em Angola como bailarina e hoje trabalha como Atriz no Brasil.

Nizaj

Nizaj é ator, cantor e músico. Nascido em Angola e cria da Maré. Trabalhou no projeto “Entre Lugares”. Atualmente segue carreira solo como rapper. Atua com produtor e rapper no coletivo BlackOwl e coordena o projeto “Maré batuque”. Um dos rapper’s negros mais conhecidos na Maré.

Rodrigo Maré

Rodrigo Maré é músico, ator e arte educador. No teatro já trabalhou com a Cia dos Prazeres, Cia Monte de Gente, Coletivo Arame Farpado, Trupe de Lá Tag e Grupo Atiro. Atualmente integra o grupo teatral Cia Marginal, onde dirige os processos musicais e atua nos processos cênicos. Como músico percussionista, já tocou com Gilberto Gil, Anelis Assumpção, Ava Rocha, CÉU, TRAMUNDO, ABAYOMY, Canto Cego, Zé Bigode Orquestra, Grupo Zanzar, entre outros. Paralelamente atua como arte educador numa série de projetos no Rio de Janeiro e coordena o projeto Panderolando Maré de arte educação musical, desenvolvido dentro do conjunto de favelas da Maré.

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Rodrigo Maré

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